Um tema imprescindível para garantir a segurança financeira no futuro é conhecer sobre previdência.
Com as constantes mudanças na previdência social, muitos trabalhadores estão buscando entender melhor as diferenças entre previdência pública e privada e avaliar qual a melhor opção para garantir sua aposentadoria.
O que é previdência social?
A previdência social é um sistema público de proteção social que tem como objetivo garantir a segurança financeira dos cidadãos.
Ela é gerenciada pelo governo e possui um fundo próprio, chamado de Fundo do Regime Geral de Previdência Social (FRGPS), que é alimentado pelas contribuições dos colaboradores, empresas e demais contribuintes.
A previdência social é um direito social previsto na Constituição Federal e, por isso, é de responsabilidade do Estado garantir o acesso a todos os cidadãos.
E mesmo quem opta por pagar a previdência privada também deve recolher a previdência social caso desempenhe alguma atividade laborativa.
Além disso, a previdência social não garante somente a aposentadoria, mas também os seguintes eventos:
- Cobertura dos eventos de incapacidade temporária ou permanente para o trabalho e idade avançada;
- Proteção à maternidade, especialmente à gestante;
- Proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
- Salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;
- Pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes.
Além disso, majoritariamente possui um financiamento misto, onde uma parte da cota fica a cargo do empregador, e outra do empregado.
O que é previdência privada?
A previdência privada é um sistema de proteção social oferecido por instituições financeiras.
Diferente da previdência social, a previdência privada é opcional e oferece aos trabalhadores a possibilidade de garantir uma renda complementar na aposentadoria.
Ela pode ser contratada de forma individual ou coletiva e possui duas modalidades: a PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e a VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).
O PGBL é indicado para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda, já que permite abater até 12% da renda bruta anual tributável.
Ou seja, o valor investido no PGBL pode ser deduzido do imposto devido.
Já o VGBL é recomendado para quem declara o Imposto de Renda no modelo simplificado ou para quem já atingiu o limite de 12% de dedução do PGBL.
Isso porque a tributação é feita apenas sobre os rendimentos obtidos no momento do resgate, enquanto no PGBL, a tributação incide sobre o valor total resgatado.
Outra diferença entre as duas modalidades é a forma como são calculados os rendimentos.
No PGBL, os rendimentos são calculados sobre o valor total investido, enquanto no VGBL, os rendimentos são calculados apenas sobre o valor investido que excede as taxas e despesas do plano.
Quais são as diferenças entre previdência social e previdência privada?
· Quem pode participar
Na previdência social, todos os trabalhadores com carteira assinada e autônomos que contribuem mensalmente para a seguridade social têm direito aos benefícios, inclusive aquelas pessoas que não trabalham também podem optar em contribuir.
Na previdência privada, qualquer pessoa também pode participar, independentemente do vínculo empregatício.
· Quem gerencia o sistema
A previdência social é gerenciada pelo governo e está sob a responsabilidade do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que é vinculado ao Ministério da Economia.
Por outro lado, a previdência privada é gerenciada por instituições financeiras privadas, como bancos e seguradoras.
Essas instituições são responsáveis por oferecer planos de previdência privada, receber as contribuições e investir os recursos para garantir o pagamento dos benefícios no futuro.
· Fonte de recursos
Na previdência social, a fonte de recursos são as contribuições dos trabalhadores e das empresas, que são obrigadas por lei a contribuir com a seguridade social.
E na previdência privada, a fonte de recursos são as contribuições dos próprios participantes.
Essas contribuições são investidas pelas instituições monetárias em fundos de investimento ou em outras aplicações financeiras para garantir a rentabilidade dos recursos e o pagamento dos benefícios.
· Tipos de planos disponíveis
Na previdência social, existem diversos tipos de benefícios, como:
- Aposentadoria por idade;
- Aposentadoria por tempo de contribuição;
- Pensão por morte;
- Auxílio-doença;
- Salário-maternidade;
- Entre outros.
Todos esses benefícios são garantidos pelo sistema público de previdência social.
Por sua vez, na previdência privada, existem dois tipos de planos: o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).
Afinal, qual é a melhor opção?
Não há uma resposta única, pois cada caso deve ser avaliado de acordo com fatores como idade, tempo de contribuição, renda e objetivos financeiros.
A previdência social, por exemplo, é mais acessível para a grande maioria da população, pois não exige um investimento inicial e tem como fonte de recursos as contribuições dos trabalhadores e das empresas.
Por outro lado, a previdência privada oferece mais flexibilidade em termos de tipos de planos disponíveis e opções de investimento, o que pode ser interessante para quem deseja diversificar seus lucros.
Além disso, é importante considerar as regras de contribuição e benefícios de cada modalidade.
De maneira ideal, o recomendado é iniciar ao menos pela previdência pública, e caso a pessoa possui condições e interesse, também é interessante investir em um plano de previdência privada.