Ao se falar sobre gestão de riscos dentro de um ambiente empresarial temos que entender primeiramente o que é a gestão de riscos e qual seu papel dentro da uma empresa. Após isso conseguiremos compreender que esta ferramenta é fundamental a qualquer empresa, não importando seu porte ou faturamento.
A ideia central ao se falar na gestão de riscos é atuar dentro de áreas da empresa em que se possui certa incerteza ou até mesmo pontos que não pode ser previstos pela gestão da empresa, mas que dependem de uma análise de profissionais específicos.
Para que possamos entender melhor sobre este tema, é necessário compreender que existem dois tipos de riscos, os internos que são aqueles gerados pela atuação da própria empresa, como o caso de uma fraude realizada por um colaborador, problemas na produção, má gestão, acidentes do trabalho, ações trabalhistas, desperdícios na produção, grande quantidade de retrabalho, fraudes na aquisição de materiais ou insumos, dentre outras que são ligadas a fatos internos da empresa.
Já os riscos externos são aqueles que impactam a empresa sem que ela tenha alguma relação direta com o acontecimento, como o caso de mudanças na legislação, o aumento de impostos, mudanças no próprio mercado, questões econômicas, políticas e inúmeras outras.
Um ponto de destaque quanto aos riscos na mudança da legislação, que dentro de um complexo sistema legislativo como o brasileiro, o qual possui uma ampla quantidade de normas que uma empresa deve seguir, podem existir diversas formas de impactar uma empresa com uma mudança na lei, podendo ser uma lei municipal, estadual ou federal. Podendo ser leis específicas que podem até mesmo impactar diretamente na produção ou no serviço que a empresa possui.
Esta ferramenta por ser específica para cada empresa, não possui uma fórmula padrão que será replicada para toda e qualquer empresa, pelo fato que cada empresa possui aspectos que as individualizam, tanto em relação ao local que está inserida, como atividade econômica, a estrutura da empresa, o seu produto ou serviço. Porém, em regras gerais é possível entender como se opera uma gestão de riscos, o que veremos na sequência.
COMO FAZER A GESTÃO DE RISCOS
A primeira etapa para a realização da gestão de riscos é realizar um planejamento de como será realizado todo o procedimento, estabelecendo quem irá conduzir, quem irá compor cada etapa ou procedimento, qual prazo para realização e quais serão as áreas ou pontos de análise.
Após traçar o planejamento, deve haver a identificação dos riscos, de maneira a se entender de forma minuciosa todos os riscos que podem ser encontrados, tanto internos, quanto externos. De maneira que sejam analisadas todas as áreas da empresa, bem como todos os riscos externos que possam impactar a empresa.
Com a identificação dos riscos, a próxima etapa é a avaliação qualitativa, que seria avaliação da exposição dos riscos, e análise quantitativa dos riscos encontrados, ou seja, análise numérica do efeito dos riscos identificados.
Após a etapa da avaliação, é necessário que se realize o planejamento de resolução dos riscos, realizando plano em conjunto com a administração da empresa para a resolução dos riscos de acordo com a possibilidade da empresa e de acordo com o impacto do risco.
O último passo é o monitoramento dos riscos, pois como podemos perceber, os riscos encontrados podem ser sanados, mas devem ser monitorados para que seja certificado que fora resolvido. Porém, o monitoramento serve para identificar se os riscos já encontrados foram resolvidos ou reduzidos e para que sejam identificados novos riscos, traçando planos de ação de acordo com as novas análises.
CONCLUSÃO
Sabemos que na realidade brasileira muitas vezes as empresas operam com margens baixas de lucro, o que faz com que qualquer alteração no cenário possa impactar diretamente no futuro da empresa e na sua saúde financeira.
Assim, a gestão de riscos em uma empresa é considerada como peça fundamental para que a organização possa ter conhecimento dos riscos internos e externos, de maneira que possa haver uma atuação preventiva e planejada, o que fará com que a direção da empresa consiga atuar de forma antecipada e de forma reativa, o que neste segundo caso, costuma causar ainda mais impactos econômicos a empresa por ser obrigada a pagar multas, juros, indenizações e etc.
Conseguimos começar a compreender que a gestão de riscos não deve ser uma ferramenta apenas para as grandes empresas, mas para todos, por se tratar de uma forma de mapear impactos na empresa, que se têm a necessidade de a pequena e média empresa também o façam.
Como pode ser visto, todas as empresas estão sujeitas a fatores que podem causar prejuízo direto na gestão da empresa, na sua imagem, no custo de seu produto e até mesmo na saúde financeira dela.